Fale um pouco de você.
Nasci em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Sou casado com Fernanda e pai de Flamirzinho e Felipe. Minha experiência de conversão ao evangelho de Cristo Jesus foi em 1989, ano extremamente delicado com relação a minha família. Recebi o Senhor em meu coração, entendi perfeitamente o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, derramando o seu precioso sangue por mim, perdoando-me os pecados e livrando-me de toda acusação do diabo. Estou nEle, sou dEle pra sempre e estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem altura, nem profundidade, nem alguma outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! (Rm 8.38-39). A igreja que o Senhor Jesus colocou em minha vida e que tem me alegrado, é a Igreja Cristã Apostólica - ICAP, Pr. Luciano Vilaça. Tenho visto a maravilhosa Graça do Senhor sendo manifesta naquele lugar. Vínculos, afetos e equilíbrio são palavras que eu aprendi a vivenciar no ICAP. Louvado seja Deus por isso!
Charge publicada no jornal Mensageiro da Paz em 2007 - CPAD
Quando você começou a desenhar? Como aconteceu isso?
Não consigo ter uma outra lembrança senão o desenho como algo que sempre fez parte de minha vida desde muito cedo. Aos cinco anos, por exemplo, já dava meus rabiscos. Não podia ver uma folha qualquer que rapidamente desenhava. Meu pai percebeu e logo me estimulou fornecendo blocos e mais blocos, lápis de cor, hidrocor, etc. Via muito desenho animado. Principalmente os seriados de Batman & Robin, Superman. Uma vez que toda a programação tem o seu término, eu reproduzia todos os desenhos para o papel imediatamente. Era extremamente prazerozo! O traço saía meio torto, sem definição. Isso me irritava. Mas o desejo de desenhar era muito grande. E desenhar era e ainda é uma grande terapia. Profissionalmente, aos 15 anos, em 1979. Meu professor Délcio Teobaldo convidou-me para fazer um estágio no jornal de bairro LIG, de Niterói. Ali publiquei, durante 5 anos, meus desenhos. Ilustrava matérias e tinha uma página de humor chamada Ligação. Foi uma experiência muito boa. Principalmente quando o assunto girava em torno de cartum e charge. O panorama político, na época, era um “prato cheio”.
Conte-nos sua experiência profissional.
Trabalhei em alguns jornais como arte-finalista e cartunista. Tribuna da Imprensa, Jornal dos Sports, Jornal O DIA, Jornal do País, Pasquim, Jornal do Metrô, Jornal Verde, Tropical Whispers (EUA) e jornais de bairro. Produzi cartazes e folders de combate ao câncer do Ministério da Saúde: Câncer de Boca, Câncer do Colo do Útero, Câncer de Próstata e Câncer de Mama. Atualmente, trabalho na CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus, setor de Arte e & Design. Elaboro projetos, diagramação, criação de capas de livro, revistas e ilustrações para a Revista Geração JC. Aliás, nesta revista eu publico o “Geraçãohumor&Passatempo”, tem sido uma experiência muito interessante.
Flamir
Como você analisa esse mercado no meio evangélico?
No que se refere, por exemplo, a cartum, caricatura e charge, vejo que não estamos muito agressivos. As editoras e alguns jornais (pra não dizer todos) não exploram esse tipo de trabalho como eu acho que deveriam explorar. Evidentemente que temos várias razões: igreja, princípios morais, religiosidade, etc. Tenho absoluta certeza que tudo isso exerce algum tipo de influência na classe empresarial evangélica. Lembro que, ao me converter em 1989, pude observar essa carência. Então em 1990 lancei o meu jornal UNIAÇÃO, um pasquim evangélico distribuído para mais de 2.500 bancas do Estado do Rio de Janeiro. E alí a gente mandava ver! Era muito legal. Chovia carta na redação. Como eu tinha publicado cartuns e charges no
No que se refere, por exemplo, a cartum, caricatura e charge, vejo que não estamos muito agressivos. As editoras e alguns jornais (pra não dizer todos) não exploram esse tipo de trabalho como eu acho que deveriam explorar. Evidentemente que temos várias razões: igreja, princípios morais, religiosidade, etc. Tenho absoluta certeza que tudo isso exerce algum tipo de influência na classe empresarial evangélica. Lembro que, ao me converter em 1989, pude observar essa carência. Então em 1990 lancei o meu jornal UNIAÇÃO, um pasquim evangélico distribuído para mais de 2.500 bancas do Estado do Rio de Janeiro. E alí a gente mandava ver! Era muito legal. Chovia carta na redação. Como eu tinha publicado cartuns e charges no
Enquanto isso, na semana da Páscoa...
Pasquim de Ziraldo, Jaguar, Millôr, Henfil e Cia e convivido um pouco com aquela galera (já era “fim de festa”, ou seja, final da ditadura, e, como diz o Ziraldo, acabou a graça), não encontrei dificuldade. A coisa fluía e muita gente gostava. Era verdadeiramente um “oásis”! Em temos de design, vejo com bons olhos. Temos excelentes profissionais e o mercado está muito bem servido, seja em Agências, Editoras, Jornais, Revistas, pequenas gráficas, etc. No próprio setor onde trabalho temos ótimos designers.
6 comentários:
Parabéns pelo blog, vou adcioná-lo ao meu blogroll, casa haja algo contra por favor me informe.
Jesus Abençoe.
Flamir, parabéns pelo seu blog. Gostei do visual e da possibilidade de acompanhar seu trabalho através dele. Sucesso! Um grande abraço.
Ok, valeu pela força! Divulgue.
Um grande abraço.
nEele,
Flamir
Aliás, estarei incluindo vcs na minha lista de blogs.
Flamir
Flamir, ainda não nos conhecemos pessoalmente. Conheço a Fe da época em que eu trabalhava no RH da graça, pessoa incrível. Seu blog está um facínio, ou melhor, sua história é interessante. Me emocionei ao ler por completo, pois Deus me fez olhar pra mim mesmo e pensar em toda semelhança com minha vida. Sou desenhista, infelizmente não atuo na área. Costumo dizer que nasci desenhando, Meu pai, com seus poucos recursos também me insentivava muito, mas sua morte fez com que o curso de minha vida mudasse. Tive de trabalhar e trazer ajuda para casa. Tive que abandonar meu vocacionato pela arte pois não conseguia manter-me para isso. Hoje corro em busca de várias areas, vários sonhos e projetos em meio a arte. Trabalho? continuo na área de RH... mas sempre com meus esboços, meus rabiscos, a ideia de um livro, a produção teatral. Voce é um exemplo de Deus pra minha vida. Como já havia te dito antes, não deve lembrar, a paternidade também é uma coisa que mexe muito comigo: daí vem a necessidade de escrever para crianças, atuar para crianças, enfim.
Parabéns pelo blog, beijos para o Felipão e não felipinho pois ele é foi um presente enorme para voces!
Paz!
Gualter Júnior
gualterator@gmail.com
Amado Gualter, paz de Jesus, autor e consumador da fé.
Querido, suas palavras me emocionaram bastante. Realmente ainda não tivemos condições de nos conhecermos pessoalmente, porém, percebe-se uma enorme empatia, não é verdade? Olha, vou te confidenciar algo: eu resisti muito para fazer meu blog. Na época não queria, achava desnecessário, achava que não traria nenhuma edificação, enfim, pensava que não teria sentido. No entanto, ao longo dos meses pude perceber que poderia, sim, ter um blog que edificasse vidas, que mostrasse o meu trabalho não como proselitismo, mas como algo que as pessoas pudessem ver a infinita misericórdia de Deus na minha vida e quanto Ele nos ama, independente de nossas falhas, de nossas infidelidades. Hoje eu penso que o meu blog tem como propósito prioritário: falar do infinito amor de Deus, expor sempre o Senhor Jesus Cristo, o nosso redentor e salvador, como o centro de tudo. Falar que sem Ele não há vida, não há sentido de caminharmos, de desenharmos, de fazer tudo que sentimos e pensamos. Será um blog diferente, afinal, sou, pela misericórdia dEle, cartunista e pastor, conseqüentemente, você encontrará muita charge, cartum, tirinhas, eventos relacionados a salão de humor, personalidades que marcaram a minha vida nesta área, como por exemplo, Ziraldo, Henfil, Jaguar, Ivan Lessa, Iran, Claudios e tantos outros na época da ditadura militar. Teremos também assuntos relacionados à teologia, pesquisa, etc.
Gostaria de lhe pedir, Glauter, que você não desistisse do seu sonho. Continue a escrever e desenhar. Publique. Sobre o seu pai, dê uma olhadinha na resenha do livro que acabei de postar. Você vai gostar.
Um grande abraço,
nEle,
Flamir
Postar um comentário