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quarta-feira, 25 de novembro de 2015
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Quando a dor da morte e do luto chegar
Marcelo de Oliveira e Oliveira
Em algumas partes do meio
evangélico pentecostal, uma mãe chorar a morte do filho ou a esposa
sofrer a partida repentina do esposo é “pecado”. Quer-se a todo custo
que a pessoa enlutada permaneça firme na “obra de Deus”.
Infelizmente, esse pensamento faz parte de uma perspectiva teológica
equivocada e sem contexto de que os “mortos devem enterrar o seus
mortos” e de que não há tempo para o “servo de Deus” sofrer as agruras
da vida porque a “obra de Deus” não pode parar. Pessoas
que pensam assim, não têm noção de que a maior obra de Deus, neste
caso, é consolar quem perdeu o seu ente querido: “Se alguém entre vós
cuida ser religioso e não refreia a sua língua, antes, engana o seu
coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada
para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas
tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.26,27).
Que tristeza ver pessoas se desumanizarem em nome de uma fé que nada tem
a ver com o Evangelho! Pior ainda é contemplar gente disferindo ataques
contra o dia de finados pensando defender a fé cristã. Não vou tão
longe, no sentido de fazer culto aos mortos,
pois pelo Evangelho eu sei que Deus é o Deus de vivos e que quaisquer
pessoas que, em Cristo, passaram da vida para morte estão vivas.
Entretanto, a memória de quem se foi deve ser preservada sim. A mãe deve
viver o luto da passagem do seu filho. Ora, imagine
a dor! Imagine o sofrimento! Imagine a angústia!
No luto, o tempo é de parar e de se recolher. É tempo de repensar a
vida. É tempo da comunidade dos santos sair das quatro paredes para
consolar, abrandar o sofrimento e dar o absoluto apoio para a pessoa
enlutada. Não é tempo de cobrar a ausência aos cultos
da pessoa enlutada.
Por favor, não faça isso!
Embora eu entenda que pode haver a mais pura e doce intenção nessa
cobrança, isso soa despreocupação com o estado existencial de quem
perdeu o ente querido.
Recentemente, aconselhei uma pessoa dilacerada pela dor da perda e pela
dor de não ter achado em sua igreja local o consolo e o abraço amigo.
Isso ocorreu fora do Rio de Janeiro.
Como é triste batalhar a vida inteira pela causa do Evangelho e quando
se mais precisar não achar apoio onde deveria havê-lo em primeiro lugar:
“visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” (Tg 1.27).
Com muito amor e carinho, a senhora sofrida ouviu de minha boca as
palavras pelas quais passo a relatar: Minha irmã, ignore totalmente as
palavras de quem pensa assim, pois ela não sabe o que diz. Não adianta
persistir! Essa pessoa não entenderá o que realmente
importa na causa do Evangelho. Quanto à senhora, chore a morte da sua
filha. Chore, porque Jesus chorou a morte do seu amigo Lázaro, o que
significa que o nosso Senhor compreende bem o que a senhora está
sentindo. Leia diariamente os salmos 23 e 38. Esses
salmos me confortaram muito quando fui atacado pela depressão. Leia-os
orando, pedindo misericórdia e graça ao Senhor. Tenho certeza de que o
nosso Senhor não lhe abandonará, como não me abandonou. Se puder, faça
uma viagem com suas outras filhas e esposo.
Vá para bem longe, procure está mais próxima daqueles que te amam e lhe
querem bem. Isso não vai sarar a dor da perda, porque não há nada que
repare a dor de uma mãe que perdeu uma filha, mas tais atitudes
certamente lhe trarão consolo e esperança. Mais paz
e equilíbrio, sabendo que a sua filha amada agora está viva com o Pai.
Com isso, o Corpo de Cristo deve consolar uns aos outros para todos tenhamos esperança em Deus (1 Ts 4.18).
Que essa humilde palavra também possa servir de consolo e paz para você, seja a que cobra o outro, ou seja a pessoa enlutada.
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Marcelo de Oliveira e Oliveira é pregador do Evangelho desde que a Graça de Deus o inundou por inteiro. Casado com Gilmara dos S. e Oliveira.
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