terça-feira, 18 de setembro de 2012

Internet pode diminuir a inteligência e a empatia, diz pesquisadora

Susan Greenfield em Londres
Olha, minha opinião é a seguinte: PODE. Na realidade, internet pode tudo. Depende da nossa consciência em relação ao uso dessa ferramenta que PODE nos tonar mais inteligentes e burros. Depende de como a usamos. O Facebook, por exemplo, tem sido uma ferramenta da internet extremamente interessante, muitíssimo legal em vários aspectos. Porém, também algo que pode gerar antipatias, brigas, inimizades, etc. Há bom tempo atrás, o Pasquim publicou uma matéria com Ziraldo em que tinha como título o seguinte: “Ziraldo sai do Pasquim para entrar para a história”. Na entrevista, o renomado cartunista dizia que saía do Pasquim porque o Pasquim deixou de ser a parede do mictório da ditadura militar. Ou seja: sem ditadura, perdeu a graça! Por quê estou falando isso? Simplesmente porque muitos já estão fazendo do Facebook uma “parede de pichações” sem absolutamente nenhum propósito! Enquanto que, na época, Ziraldo tinha lá seus motivos, afinal, a ditadura dava seus últimos suspiros de vida. Pronto. Não havia mais sentido reunir toda galera (cartunistas, articulistas, leitores em geral) do Pasca diante de uma parede que perdeu seu propósito. Pra que pichar? Perda de tempo.
Podemos, sim, sermos inteligentes e burros ao fazermos uso da internet, depende, repito, de como a utilizamos, com que propósito, do contrário, melhor coisa a fazer é sairmos o quanto antes e, assim, “entrarmos para a história” deixando um legado de boas ideias, ótimas intenções. Penso que cada um deve parar e agir conforme sua consciência. Ou optamos pela banalização e nos tornamos idiotas emburrecidos; ou optamos pela seriedade, sobriedade e ética e nos tornamos mais e mais inteligentes, solidários e afetuosos. Sou falho, mas prefiro a segunda opção. Que Deus nos ajude! 

Leia a matéria na íntegra publicado na Folha de São Paulo

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