segunda-feira, 2 de junho de 2014

Jornal Uniação, o pasquim gospel

Meu amigo, o caricaturista Vitor Vanes, publicou em sua linha do tempo, no Facebook, essas capas do Jornal Uniação. Confesso que fiquei emocionado, afinal, ao longo dos anos, muita coisa acontece, mudanças são feitas e a gente acaba perdendo aquilo que jamais poderíamos imaginar. Uma delas, por exemplo, foi o álbum de exemplares desse tablóide que eu lancei, juntamente com o meu irmão, em 1990/1991 – depois, relançado em 1995/1996, numa parceria com o SOS VIDA. A primeira fase foi pro vinagre, mas, graças ao Vitor, publico aqui essas 4 edições dessa 2º etapa. É o que restou pra matar a saudade!

Para os que não sabem, quando me converti ao Evangelho de Cristo, em 1989, logo surgiu o desejo de querer fazer algo para Deus. Como eu tinha publicado charges e cartuns no Pasquim, no final da Ditadura Militar, o Uniação encaixou como luva. Em sua coluna Desenharte, de 2005, publicada no Jornal de Letras, meu amigo cartunista e historiador Zé Roberto, afirma: “O jornal Uniação, era uma espécie de pasquim gospel, recheado com dezenas de cartuns e caricaturas, além de artigos e entrevistas polêmicas discutindo os erros e acertos do meio evangélico. O resultado foi o melhor possível, e o tablóide alcançou uma boa tiragem sendo distribuído para mais de 2.500 bancas de jornal do Estado Rio de Janeiro”.

Realmente foram momentos sensacionais. Tínhamos uma equipe maravilhosa e articulistas que pegavam pesado. Ainda não existia internet,  é claro. As matérias, charges e cartuns chegavam pelo fax, o que pra nós já era um grande lance! Resultado: “chovia” cartas na redação, criticando, elogiando, etc. 

As lembranças dos momentos de fechamento de cada edição com muita pizza, refrigerantes e piadas (meu amigo, o saudoso Alexandre Emílio, nosso editor chefe, fazia-nos rir o tempo todo) ficarão sempre em minha memória. As preocupações diversas e o estresse também, por incrível que pareça!

Deixo aqui um apelo: aqueles que tiverem algum exemplar do Unição guardado, por favor, digitalizem e me enviem: flamir.traco@gmail.com ou pelo inbox, do Face. Valeu!

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