
Meu amigo, o caricaturista Vitor
Vanes, publicou em sua linha do tempo, no Facebook, essas capas do
Jornal Uniação. Confesso que fiquei emocionado, afinal, ao longo dos
anos, muita coisa acontece, mudanças são feitas e a gente acaba perdendo
aquilo que jamais poderíamos imaginar. Uma delas, por exemplo, foi o
álbum de exemplares desse tablóide que eu lancei, juntamente com o meu
irmão, em 1990/1991 – depois, relançado em 1995/1996, numa parceria com o
SOS VIDA. A primeira fase foi pro vinagre, mas, graças ao Vitor,
publico aqui essas 4 edições dessa 2º etapa. É o que restou pra matar a
saudade!
Para os que não sabem, quando me converti ao Evangelho
de Cristo, em 1989, logo surgiu o desejo de querer fazer algo para Deus.
Como eu tinha publicado charges e cartuns no Pasquim, no final da
Ditadura Militar, o Uniação encaixou como luva. Em sua coluna
Desenharte, de 2005, publicada no Jornal de Letras, meu amigo cartunista
e historiador Zé Roberto, afirma: “O jornal Uniação, era uma espécie de
pasquim gospel, recheado com dezenas de cartuns e caricaturas, além de
artigos e entrevistas polêmicas discutindo os erros e acertos do meio
evangélico. O resultado foi o melhor possível, e o tablóide alcançou uma
boa tiragem sendo distribuído para mais de 2.500 bancas de jornal do
Estado Rio de Janeiro”.
Realmente foram momentos sensacionais.
Tínhamos uma equipe maravilhosa e articulistas que pegavam pesado. Ainda
não existia internet, é claro. As matérias, charges e cartuns chegavam
pelo fax, o que pra nós já era um grande lance! Resultado: “chovia”
cartas na redação, criticando, elogiando, etc.
As
lembranças dos momentos de fechamento de cada edição com muita pizza,
refrigerantes e piadas (meu amigo, o saudoso Alexandre Emílio, nosso
editor chefe, fazia-nos rir o tempo todo) ficarão sempre em minha
memória. As preocupações diversas e o estresse também, por incrível que
pareça!
Deixo aqui um apelo: aqueles que tiverem algum exemplar
do Unição guardado, por favor, digitalizem e me enviem:
flamir.traco@gmail.com ou pelo inbox, do Face. Valeu!