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principal evento sobre Direitos Humanos do mundo, Carlos Bezerra Jr.
lidera ação contra escravidão e chama a atenção das principais autoridades internacionais |
Pela primeira vez na História, um deputado evangélico brasileiro foi convidado ao principal encontro do mundo sobre Direitos Humanos. A ONU, Organização das Nações Unidas, apontou lei do Carlos Bezerra Jr., de combate ao trabalho escravo, como modelo internacional e pediu sua participação como preletor no evento em que são apresentadas as mais importantes ações mundiais nessa área.
A reunião do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos acontece em Genebra, na Suíça. Nela, uma relatora especializada no assunto e designada pelas Nações Unidas para, entre outras coisas, identificar os maiores avanços e desafios internacionais no tema, aponta novas soluções e caminhos para enfrentar as mais diversas formas de violação. A mais recente edição desse fórum aconteceu no último dia 13. E, quando os olhos do mundo se voltaram para a mesa de debates, viram um parlamentar evangélico que não falou apenas da recente contribuição paulista contra a escravidão contemporânea, mas ressaltou valores bíblicos e princípios cristãos.
“Meu desejo é que a lei que criei em São Paulo possa oferecer ao meu país uma importante contribuição na busca pela paz, pela igualdade, e pela dignidade e pela misericórdia, garantindo que a ganância pelo lucro nunca terá mais valor que a vida humana. Nosso real desafio é fazer todos os esforços para pôr o indefeso no topo da agenda e dar voz aos que não a tem até que a justiça possa fluir como um rio”, discursou, fazendo referência ao texto bíblico de Amós 5: 24: “Corra a justiça como um rio, a retidão como um ribeiro perene”.
A lei criada pelo deputado Bezerra Jr., que é também pastor, está sendo apontada como a mais rígida punição ao crime de trabalho escravo desde a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil. A lei apressa a condenação de envolvidos: processos que levavam até 20 anos, agora podem ser resolvidos em apenas 2. Na prática, a nova legislação fecha a empresa pega com trabalho escravo em qualquer parte de sua cadeia produtiva ao cassar seu registro no ICMS. E impede os sócios autuados de entrar com nova inscrição por uma década.
“O crime de trabalho escravo é uma afronta ao Criador. A boa nova do Evangelho é para libertação espiritual e social. É contra toda forma de opressão. Como discípulos de Jesus, somos chamados para sinalizar o Reino não só com o que falamos, mas também com o que fazemos. Sem obras, a fé é morta”, explica o parlamentar.
Carlos Bezerra Jr. já era o único deputado evangélico a ser apontado como o melhor político paulistano por ONG independente de fiscalização da função pública (Voto Consciente). Agora, afirma receber o prestígio internacional como um novo aumento de sua responsabilidade. “A expectativa aumenta. E o trabalho tem de crescer na mesma medida. Porém, meu coração está em paz. Tenho convicção de que não cheguei aqui por outro motivo que não seja a boa mão de Deus. Essa lei é resposta de oração. Muita gente dobrou os joelhos diante de Deus e clamou a Ele pelo fim dessa injustiça. Eu tive o privilégio de ser porta-voz desses irmãos”, destacou.
Lei resgata valor cristão histórico
Ao longo da história, vários cristãos já se envolveram no combate ao trabalho escravo. Foi um parlamentar cristão que teve atuação decisiva para acabar com a escravidão na Inglaterra do século XVIII: William Wilberforce. Junto com ele, John Wesley, uma das principais referências da Igreja de hoje, também militou pela abolição naquele país.
Sobre ONU
O principal propósito da ONU é realizar a cooperação internacional para resolver os problemas mundiais de caráter econômico, social, cultural e humanitário, promovendo o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais; manter a paz e segurança internacional, desenvolver relações amistosas entre as nações e ser um centro.
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