sexta-feira, 28 de junho de 2013

Leila Diniz é tema de exposição em Niterói

Por: Ricardo Rigel 27/06/2013 / O FLUMINENSE

Mostra exibirá obras inéditas, feitas por artistas mulheres, cujo tema é a atriz niteroiense que dá nome à sala de cultura.


Desenho de Fernanda Ambrósio
A Sala de Cultura Leila Diniz comemora dois anos de funcionamento no dia 3 de julho com a inauguração da exposição Ela por Elas: Leila Diniz nos traços das desenhistas brasileiras, às 18h, no dia 3 de julho. A mostra exibirá 33 obras inéditas, feitas por artistas mulheres, cujo tema é a atriz niteroiense. Todas as peças - entre esculturas, pinturas, fotografias, trabalhos em papel machê, desenhos e caricaturas - foram criadas especialmente para a mostra. A curadoria é do cartunista e pesquisador de artes Zé Graúna.
Além da presença das artistas, a abertura da exposição contará com desenhistas fazendo caricatura dos convidados. Também terá a apresentação dos músicos do Programa Aprendiz com um roteiro de canções da época de Leila Diniz.
“É mais um presente para o público que frequenta a Sala e para todos nós”, comentou Renata Palmier, que coordena os eventos da Sala de Cultura.
Nascida em Niterói, Leila quebrou tabus, servindo de inspiração e referência no momento em que as mulheres batalhavam pelos seus direitos sociais, espaço na sociedade e, principalmente, no mercado de trabalho. “Leila Diniz é um símbolo para todas as mulheres, e o que ela deixou de legado é uma conquista para a sociedade”, completou Graúna.
A Sala de Cultura Leila Diniz fica na Rua Heitor Carrilho, 81, Centro, Niterói. Abertura: 3 de julho, às 18h. Período: de 4 a 31 de julho. Informações: 2727-5299.

Cliquem no LINK da página no Facebook e acompanhem os bastidores da exposição.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Igreja está crescendo ou inchando?

A igreja evangélica está crescendo absurdamente em nosso país, em 2010, dados do IBGE já apontavam mais de 42 milhões de membros. O lamentável nesses números é que os evangélicos crescem, mas o discipulado não; ganham força em áreas políticas, mas a credibilidade diminui; igrejas lotadas, mas as bíblias continuam esquecidas nas prateleiras.
Peter E. Gill dizia que “todo o evangelismo feito no mundo por uma igreja que não é santa e reta não valerá uma montanha de feijão se tratando de poder para mudar o mundo”. O fato é que, o número de evangélicos cresceu, entretanto, não há diminuição no índice de ladrões, corruptos, divórcios e adolescentes grávidas.

Concordo com Ronald Sider quando escreveu “ nos alardeamos com orgulho nossa doutrina ortodoxa sobre Cristo como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, mas desobedecemos seus ensinamentos”. Se metade dos cristãos seguissem a bíblia sagrada já teríamos espantosas melhorias, principalmente se tratando de convívio em sociedade. O grande problema é que as igrejas não crescem, apenas incham, ou seja, só número. Um dos culpados são os próprios pastores que procuram trazer o 'mundo' para dentro dos templos com a desculpa ridícula de atrair os pecadores; todavia, os membros se acomodam falando amém para tudo que ouvem enquanto suas bíblias com folhas já amareladas se enchem de poeira.

O que vemos hoje são grupos de lobos disfarçados de ovelhas que, ao mesmo tempo que sobem ao altar e colocam uma mão sobre a bíblia, a outra está agarrada ao mundo. A maior parte das igrejas são abertas com um plano de marketing definido preparado para a 'corrida maluca': leva o prêmio de popularidade o culto com maior número de pessoas. E pra alcançar tal objetivo vale tudo, desde versículos distorcidos até lencinhos suados ungidos.

Servir a Cristo significa esquecer de si e caminhar conforme Ele ordene (contudo o "caminhar com Ele" significa também sofrer tribulações ao contrário do que temos ouvido das teologia da prosperidade e determinação). Minha indignação está na hipocrisia das pessoas em dizerem que pertencem a Deus e suas atitudes não corresponderem. Tratam Deus como se fosse 190. 

Ao escrever o livro O Escândalo do Comportamento Evangélico, Ronald foi muito feliz na frase: “os evangélicos afirmam crer nos valores bíblicos e no poder de Deus para transformar o mundo . Contudo, muitos não vivem de modo diferente do mundo, ou seja, um escandaloso número de cristãos não vivem o que pregam.”

Se é esta a igreja fundamentada em modismo e antropocentrismo que pretende ser arrebatada para a vida eterna, seus valores precisam urgentemente serem repensados.